quarta-feira, 26 de maio de 2010

82(Coréia) + 010 4972 4228

Podem anotar o numero aí de cima e guardar com muito carinho. É o meu telefone daqui da Coréia e clarooooooooooooooo que como eu sei que nenhum dos meus amigos tem outra amiga morando tão longe assim, eu espero sim que de vez em quando meu telefone toque.
Sim, já sei que é caro! Mas, uma vez no mês já está bom e se todos vocês me ligarem serei uma pessoa feliz pois irei sempre estar falando com alguém. Que tal????
Se não der para manter um contato constante eu aceito pelo menos receber uma ligação de 15 segundos no dia do meu aniversário, pô, agora melhorou né? Passou de uma vez no mês para uma vez no ANO QUE VEM! Ou seja, não tem mais desculpa e quem não me ligar no dia entra direto para minha lista negra da boca do sapo!!!! :o)

Então, voltando as curiosidades da pitoresca Gwangyang, semana retrasada fui a um banheiro por aqui e quando entrei em uma
das cabines me deparei com mais uma daquelas parafernalhas que esse povo ama. A novidade fica do ladinho do vaso, parece um rádio e se chama Etiquette Bell. Muito curiosa, eu apertei o botão e veio um som de descarga super alto e escandaloso. Eu não tive reação... Fiquei olhando aquilo e apertei de novo e claro comecei a rir. Por que motivo, dentro de um BANHEIRO teria um aparelho que imita som de descarga??????????
Aí depois de uns segundos veio a luz! O povo aqui é tãooo preocupado com a tal etiqueta (daí o nome do aparelho) que para evitar incomodar os vizinhos da cabine do lado com aqueles “punzinhos” indesejáveis, basta apertar o aparelho e assim ninguém escuta nada além do barulinho da descarga que ele emite.
Hahahahahahhaa, é ou não é bizarro?????






Enfim, saindo do banheiro e falando de algo mais legal.... outro dia estava conversando com uma amiga que dá aulas de inglês em escolas daqui e ela me disse algo que fiquei super chocada. Nos últimos três anos de escola os adolescentes encaram uma rotina de estudo pesada. Nos dois primeiros anos eles estudam de segunda a sábado, de 7 as 11 (da noite!). Ok, isso já é bizarro mas depois fica ainda pior. No último ano, que aqui também é o ano para eles se prepararem para entrar na faculdade eles estudam de domingo a domingo, de 7 as 11. Aí você pergunta: Mas e a família? E o resto das coisas da vida? Bem, elas ficam para depois que você entrar na faculdade... Eles tomam café da manhã, almoçam, jantam TUDO na escola. Raramente eles vêem a família pois com esse horário não tem como a não ser que seja de madrugada e também não fazem aquelas coisas normais de cinema, festinhas e tal... Tudo isso, porque aqui na Coréia funciona mais ou menos assim: Tem muita gente desse lado do mundo e o país é um pouco maior que duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro (e uma população etsimada em 49 milhões), resultado, os melhores empregos SÓ vão para pessoas que estudaram nas faculdades top-phoda da Coréia.


Logo, para conseguir esses bons empregos tudo começa ainda na escola e eles ficam nessa loucura por 3 anos, porque no final vale a pena entrar em uma faculdade top e sair de lá já gerente (é verdade isso) de alguma empresa top.
Eu sempre que andava na rua percebia que os adolescentes eram diferentes.... as meninas de 15 anos com mochilas da Puca (??????????) e tênis de Hello Kitty e os meninos a mesma coisa: usando umas mochilas de bichinho, coloridas, tudo meio infantil sabe?
No início achei que eles eram gays mesmo mas depois de observar melhor deu par perceber que eles ainda conservam uma ingenuidade, uma inocência que eu achei que não existisse mais nessa idade, afinal de contas eles vivem para estudar!
Aí me senti mal porque eles na verdade não tem nada de tão anormal nesse comportamento, dadas as circunstâncias que eles vivem... ao contrário ( na verdade anormal é uma
criancinha de 7 anos dançar o créu).
Os namoradinhos aqui, por exemplo, tem uma mania que reflete essa coisa boba de ser: Eles têm mania de usar a mesma roupa. Ou eles usam a mesma blusa apenas mudando o tamanho (tipo blusa de malha, vide o casalzinho aí do lado) OU eles usam aquelas blusas de botão da mesma estampa! Ahhh, e o tênis também, dos dois está sempre combinando (O amor é lindo mas isso eu acho cafonice mor!!!)









Então, é isso... vou dormir que já estou com sono e amanhã tenho um dia cheio! Depois das Teoria das filas o que tira meu sono é o Equilíbrio de Nash - aquele matemático de Uma mente brilhante, que inventou um troço que eu preciso da ajuda da Wikipédia para explicar, sente só:

" O Equilíbrio de Nash representa uma situação em que, em um jogo envolvendo dois ou mais jogadores, nenhum jogador tem a ganhar mudando sua estratégia unilateralmente.
Para melhor compreender esta definição, suponha que há um
jogo com n participantes. No decorrer deste jogo, cada um dos n participantes seleciona sua estratégia ótima, ou seja, aquela que lhe traz o maior benefício. Então, se cada jogador chegar à conclusão que ele não tem como melhorar sua estratégia dadas as estratégias escolhidas pelos seus n-1 adversários (estratégias dos adversários não podem ser alteradas), então as estratégias escolhidas pelos participantes deste jogo definem um "equilíbrio de Nash".


(Pausa para o grito de desespero)




Continuando......





Vi um dia desses uma apresentação com uns tambores típicos daqui muito legais! Vale a pena para quem se interessar ver pelo youtube (http://www.youtube.com/watch?v=UzY897Kop1s). Os caras além de tocar fazem uma dancinha super bacana e eu fiquei completamente hipnotizada vendo e ouvindo (Repara na pessoa com uns penachos na cabeça).






Outras fotos:

- Viagem de trempara o Jardim Botânico e Nami Island:

domingo, 16 de maio de 2010

Cambodia - PARTE 02

Depois do longo dia em Phnom Phem, comprei minha passagem para Siem Reap super cedo pois queria chegar lá antes das 8 e aproveitar o dia com calma.

O voo durou exatos 40 min e no total de 150 lugares no avião, 15 estavam cheios, UMA aeromoça para o serviço de bordo (serviço de bordo para 40 min??? SIM! E eles ainda te dão um copo com água e um bolinho) e eu na verdade nem vi o tempo passar pois dormi o tempo todo.
















O aeroporto é mais simples que o da capital mas é bonitinho, fofo, com algumas estátuas que imitam os templos para já colocar a gente no clima. O motorista do Tuk-tuk estava me esperando com a plaquinha na mão e fomos direto para o albergue. No caminho já deu um frio na barriga pois estava super ansiosa para conhecer os lugares e tirar muitas fotos. Cheguei no albergue, deixei minhas coisas e desci para conversar com os recepcionistas e pedir dicas. Mais uma vez, pessoas super amigáveis e solícitas e depois de 30 minutos de conversa fiz todo meu itinerário: Iria no Old market fazer as comprinhas básicas das coisinhas bobas mas fofas e depois ia no primeiro templo: Banteay Srei.

Mulheres no Old Market vendendo comidas

A venda das melhores verduras e frutas acontece
na parte da manhã
Como não poderia deixar de ser, muitas pashiminas.
E outra coisa que eu nem gosto muito (ahã), muitas estátuas
de Budas nas suas diferentes formas
O Old market é uma mercado no centro da cidade que vende TUDO que você possa imaginar. Entre um corredor e outro de roupas, sapatos e etc ficam mulheres sentadas entre suas bacias vendendo peixes, carnes, verduras e tudo mais que se come. Algumas matam as galinhas na hora se você pedir e a primeira vista foi um caos. Cheiro de incenso misturado com cheiro de açougue, hahahaha. Mas depois que você finalmente pára para olhar é interessante ver elas negociando, pessoas comendo e do outro lado os turistas comprando as coisas.

Voltei para almoçar no albergue e em seguida peguei meu tuk-tuk e fui para Banteay Srei. Aqui funciona assim: a área dos templos se chama Angkor Wat (mesmo nome do templo principal) e você pode escolher comprar o passe para visitar de 1 dia, 3 ou uma semana e custa entre 20 e 60 doláres.
Esse templo que escolhi é como o primeiro é bemmmmmmmmmmmmmmm mais afastado dos outros mas vale muito a pena.

No primeiro templo que você chega, escolhe que tipo de passe
vai comprar. Escolhi os passe de 3 dias, super suficiente para
ver os templos (com tempo) e aproveitar
Ele pode ser traduzido como "Citadel of Women" e é dedicado para a deusa Hindu Shiva, feito todo com um arenito meio avermelhado ele destoa da paisagem verde ao redor com detalhes impressionantes pelas paredes. É pequeno (demorei mais na ida do que no templo em si) mas valeu a pena. Na saída eu ouvi uma música super relaxante e comecei a procurar de onde estava vindo o som, andei mais um pouco e achei cerca de 10 pessoas sentadas no chão tocando os instrumentos locais, eram pessoas especiais e vítimas das minas que até hoje ainda é um problema para a população. Nem preciso dizer que já que eu estava de óculos escuros chorei rolos e rolos ao ver a situação daquelas pessoas, que ficaram felizes da vida quando eu deixei para eles 2 doláres de ajuda (No Cambodia, apesar de existir a moeda local o dólar é aceito em qualquer lugar e por conta da disparidade das moedas, 1 dólar é considerado uma boa quantia para eles).

No caminho do templo encontrei os monges. Infelizmente
mulheres não podem falar ou tocar neles.
A entrada do templo

O templo é todo feito de arenita vermelha e dedicado as
mulheres

O detalhe das estátuas

Músicos mutilados que hoje tocam no fundo do templo
arrecadando fundos

As crianças fofas do templo

Lindos!!
Dia seguinte levantei cedo e fui para os demais templos. Mais uma vez fiquei estarrecida com a pobreza.... eu tinha lido que Siem Reap era uma área mais rural MAS eu não esperava ser tanto. Apesar de asfaltadas, a estrada é cercada por casas que me lembraram muito palafitas (por conta do do formato). A casa fica em cima, mas as pessoas estão sempre embaixo, deitadas nas redes para aguentar o calor. As crianças na sua maioria peladinhas, descalças mas com umas carinhas fofas que dá vontade de levar para casa (Não morro de amores pela Angelina Jolie, mas entendo o porque da paixão dela pelo país e suas crianças). A área é tãooo rural que eu vi inclusive um cobra, pequena mas vi! Um morador estava tentando pegar ela e espantar de dentro da casa....





O primeiro templo do dia foi Bayon - perfeito!!!! Fica em uma área chamada Angkor Thom e tem quatro faces esculpidas nas torres, uma apontando para cada direção, o templo é maravilhoso!! Originalmente eram 51 torres mas atualmente, não são todas que se encontram em pé. Ele foi construído em 1190 e descoberto por volta de 1860 pelos franceses e hoje em dia conta com a colaboração de vários países da Ásia para sua preservação. Não se sabe ao certo de quem é aquele rosto que se encontra em todos os lugares mas o mais certo é que seja do rei que iniciou a construção, o rei budista Jayavarman VII.

Crianças vendem artesenato na porta dos templos
A entrada
Detalhe nas paredes

As faces estão por todo lugar e nas 4 direções cardinais




Em seguida fomos para aquele que seria eleito meu favorito: Ta Prohm. Foi nesse templo que várias cenas do filme Tomb Raider foram filmadas e o lugar é indescritível. Tem uma energia diferente que para mim foi inexplicável... a grande peculiaridade do templo: as árvores. Elas nasceram dentro dele, pelas paredes e isso dá um visual especial ao lugar. Caso tentem tirar elas o templo todo vem abaixo, então hoje em dia as árvores são um espetáculo junto com o templo e não há quem não goste.

Fiquei algumas horas lá, olhando tudo, tirando fotos e ouvindo os passarinhos. Para minha sorte estava super vazio, então deu para tirar fotos sem aquele bando de cabecinhas na frente.

As ruínas na entrada do templo


A parte que se tornou a sensação da visita: árvores que nascem
dentro do templo
Olhando assim elas parecem até parte do templo, como se tivessem
ali propositalmente
Aqui foram gravadas cenas do filme TOMB RAIDER

Reparou no detalhe a face da moça que não foi coberta pelas
raízes?

Crianças no final do templo cantando uma música para arrecadar
dinheiro
Por último e finalmente, fui para o templo que leva o mesmo nome do complexo: Angkor Wat. O templo é bem bonito mas não me impressionou como Ta Prohm, entretanto o que nos faz pensar é no tamanho. Ele é simplesmente giganteeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!
Você anda, anda e parece que não acaba nunca! As paredes todas esculpidas e dentro super conservado. O templo é considerado o símbolo do país (está inclusive na bandeira) por conta das torres que podem ser vistas da entrada e um dos maiores exemplos da arquitetura Khmer.


O belíssimo e enorme Angkor Wat 





Mesmo nos dias atuais não se tem certeza de sua representação, alguns estudos dizem que o templo é como se fosse a casa de alguns Deuses Hindu e sua simetria correspoderia ao cronograma Hindu mas tudo ainda gira em torno de especulações.

Voltei para o albergue cansada MAS queria aproveitar ao máximo meu último dia.... fui então no Night Market da cidade (tudo a pé) e experimentei aquelas massagens no pé com aqueles peixes que fazem coçegas (Dr. fish). Nos primeiros 5 minutos fui atração do lugar porque eu não conseguia conter as gargalhadas.Só de lembrar me dá vontade de rir... mas depois de um tempo a sensação de cócegas passa e você acaba ficando confortável com os peixinhos comendo seus pés. Para quem pensa que você sai de lá com cutícula feita pelo amor de Deus não é nada disso!!!! hahaha. Eles na verdade dão apenas umas mordidinhas nos pés, mas é mais na sola do pé e do lado.


Entrada do Night Market

Night market e suas barraquinhas
Um bar fofo para sentar e curtir o mercado de noite

Na saída do albergue, quando estava me despedindo das pessoas eu senti um aperto no coração e comecei a chorar quando entrei no tuk-tuk.... Estava muito feliz pelos meus últimos dias ali mas comecei a pensar que talvez eu nunca mais volte no Cambodia e que infelizmente eu não posso ajudar a vida daquelas pessoas com relação a pobreza que vi em várias ocasiões.Mas ficou também minha satisfação de ver que apesar de tudo, o povo não usa suas necessidades como uma razão para desonestidade ou qualquer outra coisa ruim. São orgulhosos de sua história e possuem a maior riqueza que um país pode ter: um povo com vontade de mudar, esquecer o passado e seguir em frente.

Os templos são imperdíveis mas esse é o maior tesouro do Cambodia.

Como chegar: Para voôs domésticos a melhor opção é a Cambodia Angkor Air. A viagem de Phnom Phem dura 40 minutos e é super tranquila.

Também tem a opção de ônibus mas não senti muita firmeza nas estradas para encarar 5 horas dentro de um.

Onde ficar:
The Siem Reap Hostel
O Cambodia foi minha primeira experiência na Ásia e como não tinha feito a melhor escolha em Phnom Phen estava preocupada com esse albergue. Em vão!!! Esse foi sem dúvida o melhor lugar que já fiquei. Um albergue enorme, uma casa de 4 andares, com piscina, bar, café da manhã muito bom, sala de internet, quartos com um super ar condicionado, motoristas de tuk tuk para levar aos templos, aulas de culinária e até possibilidade de se inscrever em um programa de voluntários. O lugar é o que há na cidade e não recomendo outro em Siem Reap.
Eu fechei TODOS meus passeio lá com um dos motoristas de tuk tuk do Hostel, um cara sensacional e de confiança. O nome dele é Mr. Thoeur e quem quiser o contato dele me avisa que passo.

Visto: Já leu nosso post sobre Phnom Phem? Lá tem toda a informação.

sábado, 8 de maio de 2010

@ CAMBODIA!!!

Depois de longos quase 2 meses, finalmente o primeiro feriado da Coréia aconteceu... a faculdade acabou juntando as datas e ficamos com 4 dias livres na semana. Não é muito tempo mas dá para tentar fazer alguma coisa... resolvi então ir para o Japão, tudo certo, vi passagem, hospedagem e aí, só depois eu tive a brilhante idéia de confirmar se brasileiros precisavam de visto.

BINGO!

Não só precisa como eles só faltam pedir teu último resultado de raio x, fala sério!!! Precisa mostrar extrato bancário, contra cheque, roteiro da viagem, e blá blá blá. Desisti e resolvi deixar o Japão para depois, precisava então achar um outro lugar que não precisasse de visto o mais rápido possível do contrário as passagens iam ficar absurdas. Daí pensei no Laos. Sempre tive vontade de conhecer essa parte da Ásia e seria uma boa chance SE eu não precisasse de visto também.... Vietnam, também precisa e aí finalmente cheguei no Cambodia. Não era minha primeira opção mas com certeza não poderia ter feito escolha melhor!
Pode parecer piegas MAS essa viagem mudou alguma coisa dentro de mim e eu sei bem o que é: certeza mais uma vez de como precisamos agradecer todos os dias de nossa vida por tudo que temos, pois não fazemos idéia do que pessoas pelo mundo afora passam e ainda sim, superam!
Como é muita coisa para contar, irei dividir essa viagem em 2 partes: Phnom Phem e Siem Reap, as duas cidades que tive a chance de conhecer.
Bem considerando o fato que eu eu moro na ilha de Lost, antes de comecar a viagem tive que encarar a mini-trip de Gwangyang para Seoul. Cinco horinhas dentro do busão mas que dessa vez passaram super rápido pois dormi o tempo todo. Cheguei em Seoul, peguei o metro (mais uma vez, o super-hiper-ultra metro que te deixa no terminal de embarque do aeroporto) e depois de quase duas horas e umas mil baldeações (nem tudo são flores) cheguei no aeroporto. No caminho aconteceram várias coisas engraçadas: uma senhora puxou papo comigo e começamos a falar da vida e tals... ela me convidou para ficar na casa dela caso eu fosse para Seoul e me deu o telefone, endereço e email dela (nunca tinha me visto na vida MAS foi uma das pessoas mais doces que conheci). Qdo eu desci do metro para mudar de linha, uma outra senhora me olhou, me olhou e ficava me encarando direto. Comecei a achar que ela me conhecia mas que eu não estava lembrando dela, mas não era nada disso. Ela sacou da bolsa um chocolate, me deu e disse: "Espero que vc tenha uma boa viagem"! Achei super fofo mas nem tive tempo de agradecer porque ela saiu correndo e entrou no metro.
Enfim, cheguei no aeroporto, esperei umas 2 horas e finalmente embarquei.
Cheguei em Phnom Phem as 10 da noite e um ex aluno da faculdade estava la me esperando para me ajudar a achar o Hostel. Essa parte mais uma vez é a prova da minha sorte.... quando comentei na facul que ia para o Cambodia, a secretária me disse que tinha alguns ex alunos de lá e que de repente se eu os contactasse eles poderiam me ajudar ou dar algumas dicas. Mandei email para um deles que não só me respondeu como também se ofereceu para ser meu guia na cidade enquanto eu estivesse lá. Quando desembarquei lá estava ele com a plaquinha "Manoela Isidro - STC (nome da faculdade)" me esperando e cheio de planos/dicas para o dia seguinte.
Comi um lanche rápido, ele me deixou no albergue e dia seguinte eu estava pronta cedo para poder aproveitar o dia. Eu estava sentindo muitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa falta do calor horrososo que nos faz suar o tempo todo, sol, abafado!! Mas fazer um tour com esse clima na verdade não é a melhor coisa do mundo. Porém prometi que nao iria reclamar, afinal de contas seria apenas por 4 dias e dava para aguentar.
Visitamos o Palácio Real (a atual residência do rei), Museu Nacional, visitamos algumas Pagodas - está para os Budistas assim como a Igreja para os católicos. É onde os monges rezam e moram - , Museu do Genocídio (sobre ele vou falar depois mais detalhes), comi uma comida tipica Khmer e fui em um mercado local famoso e conhecido por vender das mais diversas coisas para locais e turistas (Central Market).
Consegui fazer tudo em um dia porque comecei cedo, do contrário com certeza nao teria dado tempo porque o calor e o trânsito de um lugar para o outro são insuportáveis. Aliás isso é muito curioso: No Cambodia, 70% da população não usa carro e sim motocilcletas OU tuk tuk. Além disso, NÃO EXISTE sinal de trânsito... quer dizer, existir eles existem, estao lá pendurados mas ninguém usa. Os cruzamentos são verdadeiros CAOS, é um ninho de magafafa que ninguém entende. Passa um de carro de um lado, aí vem 15 motos do outro e mais um caminhão, enfim... uma zona! No entanto me chamou a atenção a forma como eles lidam com isso. Não tem ninguém xingando ninguém se o carro do lado dá uma cortada ou fura o sinal, aqui predomina a lei da gentileza pois se um motorista está vendo que vem outro, ele pára e espera e se não parar, no caso desses cruzamentos loucos, eles simplesmente reduzem a velocidade e assim todo mundo passa feliz da vida e sem se estressar.
O Palácio Real

E os belos detalhes do telhado




Um jardim na parte de trás
Central Market

TUK TUK, o meio de transporte mais fácil e rápido da Ásia
Isso inclusive resume o jeito que eles tratam o turista. Quando vão te vender algo, eles dão o primeiro preço, você recusa e eles pedem para voce dar o preço, no final eles falam assim: Bom preço, para todos ficarem felizes!
(Falando em mercadinho comprei várias coisinhas fofas no mercado, apesar de nao saber onde e como irei levar para o Brasil, hahaha. Mas decidi pensar nisso so mais tarde... daqui um ano mais ou menos.... :o) ).
Sobre o Museu do genocídio é o seguinte: Na década de 70 o Cambodia (uma ex-colônia francesa), depois de passar por uma guerra civil que ocorreu no governo de Lon Nol, teve a capital Phnom Penh conquistada por um grupo local chamado Khmer Vermelho (Nome oficial: Khmer Rouge) que obrigou esse político a depor e se exilar. Esse grupo instalou um verdadeiro regime de terror na cidade, prendendo seus supostos opositores (na grande maioria intelectuais, médicos,monges, professores, advogados E suas respectivas famílias incluindo as crianças) e os torturando até a morte na prisão estabelecida na cidade. O resto da população foi obrigada a ir para o campo e a cidade virou praticamente uma cidade fantasma, com apenas 40 mil habitantes.

Esse Museu do Genocídio era uma escola muito tempo antes do Khmer usá-la como prisão e hoje se tornou um local disposto a contar toda a verdade, sem censura no intuito de finalmente denunciar as barbaridades que foram feitas ali. Por conta disso, o lugar tem uma energia mega pesada e é impossível entrar lá e não sentir isso (são 3 prédios mas eu só aguentei ver 2).
Você pode visitar os quartos e ainda ver as camas usadas para a tortura, assim como ver as fotos das vítimas pois tudo era devidamente registrado pelo regime. A estimativa é que mais de um milhão de pessoas foram assassinadas....

E no meio de tudo isso é incrível e admirável ver um país que passou por anos terríveis não ter se rendido a esses tristes episódios. A natureza amigável e solícita da população é algo inexplicável e comovente. Eles te olham, encaram mas é apenas curiosidade. Basta você dar um sorriso que a amizade está feita ali e eles fazem de tudo para te ajudar, tentam falar inglês e sempre te agradecem por ter visitado o país deles. Eles são extremamente orgulhosos da sua cultura, sua lingua e sua história....


Esse foi um primeiro dia que valeu por váriosssss pois foram várias informações novas! Mas mal eu sabia que o melhor estava por vir. Cenas dos próximos capítulos: Passeando por Siem Reap!! :o)


CURIOSIDADES:

- Até hoje existem casamentos arranjados ainda na capital, onde os noivos SÓ se conhecem na hora do casamento.
- Para casar (isso é geral) o noive tem que pagar o dote da noiva e o dinheiro é usado para fazer a festa de casamento.
- A maioria das crianças NÃO frequenta escola porém por conta do turismo eles sabem falar inglês muito bem.

Como chegar: Na Ásia o que não falta é opção de companhias aéreas. Se você vem da Coréia do Sul recomendo a Korean Air. Mas também tem a opção da Vietnam Airlines que pode ter tarifas melhores e pra quem pensa em parar no país é perfeito.
Se você sai da Malásia, use a Air Asia.
Onde ficar:
Mesmo em se tratando da Capital do Cambodia, a cidade ainda é meio limitada para albergues. Tive medo de chegar lá sem hospedagem e não achar mas é bobagem... lá o ideal é escolher vendo. Esse albergue ficava numa rua cheio de outros albergues (e muitos melhores também) mas apesar de simples o atendimento foi muito prestativo (como todos no país) e por uma noite foi ok.
Visto: O visto pode ser aplicado online no site Cambodia visa, muito fácil e rápido pois recebemos o visto no email que informamdos. Custa 45 dólares.
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