terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Leste Europeu - Parte 1: PESTE

Antes de mais nada muitas desculpas para os leitores que entram aqui desde de novembro e não acham uma postagem atualizada... eu AMO escrever nesse blog e deixar aqui registrado minhas experiências e dicas mas confesso que nos últimos meses tive outras prioridades. Me afastei de novo mas estou de volta esperando que não precise ficar mais tantooooooo tempo longe.

Então, para "fugir da rotina" de Ásia e trazer uma coisinha nova para aguçar curiosidades e presentear aos que me visitam vou falar de uma experiência que me deixou maravilhada: o Leste Europeu no Natal! Sei que Natal ja passou MAS nunca é tarde para falar de uma época tão linda né? 
Meus dois primeiros destinos até o momento se resumem a Budapeste e Praga, que abriram a experiência com chave de outro :o)

Com um friozinho de menos 3º, muito vinho quente, uma boa bota e disposição para andar, o inverno se torna fácil de encarar e, para mim, que nunca tinha estado em um lugar todo decoradinho de Natal que nem vemos em filmes a chance de conhecer essas duas cidades foi mágica!

Vou começar então pela minha favorita: BUDAPESTE. A capital da Hungria e que já foi um dia duas cidades - Buda e Peste - reserva para os visitantes uma visita marcante. Divida pelo Rio Danúbio, na Hungria fala-se a única lingua que até diabo respeita, segundo Chico Buarque no livro que leva o nome da capital, e tem um passado nobre advindo do Império Austro-Húngaro, após Aliança feita em 1867 com a Áustria em declínio. É nesse antecedente grandioso que percebe-se até hoje que Budapste tem uma atmosfera diferente... e nas ruas muita receptividade com os turistas e disposição dos locais para ajudar os perdidos no meio de endereços que lembram uma sopa de letrinha em grego.

Uma das melhores dicas começa na hospedagem. Indico para uma estadia maravilhosa o apartamento de um italiano super fofo e amigo: http://www.airbnb.com/rooms/27484 (Fica no centro de Peste e há apenas uns minutos da Chain Cridge, que leva até Buda). A localização é perfeita, o ap fofo, seguro, limpo e o dono nos recebe com mapas e guias da cidade se dispondo a ajudar em tudo. O site AIRBNB é de confiança e basta fazer um perfil para achar casa no mundo todo por preços bem legais ou verdadeiros palácios para quem se dispõe a pagar mais carinho. Fiquei apenas 3 dias na cidade mas a hospitalidade é tanta que ficaria mais... sem contar os diversos bares, restaurantes e principalmente as feiras de Natal nas praças públicas com comidas e bebidas para todos os gostos. 

O apartamento fica em Peste e pertinho dele tem que começar a visita pela Basílica de San Estephan. A Igreja é um dos monumentos mais importantes do país e é envolto por um simbolismo: a altura da Igreja é de 96 metros, mesma altura do Parlamento e mesmo número de degraus da entrada principal do prédio (Atualmente existe uma lei que proíbe prédio de serem mais altos do que isso). Levou longos 54 anos para a construção terminar mas o trabalho é impecável. Ricos detalhes em ouro, estátuas belíssimas e um altar de tirar o fôlego me fez pensar que depois da Basílica de São Pedro do Vaticano, essa é com certeza a igreja mais bonita que já fui. Logo em frente a ela tem uma feirinha deliciosa de inverno com muitas comidas típicas (Essas e outras é uma vantagem de ir perto do Natal). A  experiência não é completa sem comer o Gulash seguido pela famosa salshicha húngara (e enorme) e (MUITO) vinho quente.












Voltando pro ponto de partida (nosso lindo ap!) andando dois minutinhos tem a praça mais famosa da cidade: Vorosmarty Square. Novamente, com uma feirinha linda que além de comidas tem de casacos de pele até sabonetes, a praça é envolvida por um zilhão de lojinhas de souvenir e restaurantes que ficam lotadas de gente de manhã/tarde/noite. Uma das ruas que cortam a praça é a famosa Fashion Street, cheia de lojas caras e muitas opções de shoppings para os que viajam com disposição de gastar.











Se locomover em Budapeste é fácil e andando dá pra ver quase tudo na cidade. Uma caminhada pela Avenida Andrassy, também conhecida como a Champs Élysées da Hungria, é ver de perto a vida cotidiana dos húngaros no melhor estilo com cafés e restaurates super chiques. Bem no meio dela tem a Ópera House, uma visita obrigatória até para aqueles que não gostam de Ópera. Eu gosto mas nunca tinha de fato ido em uma, então resolvi arriscar e fui ver o preço dos ingressos para ver Don Giovanni (famosa peça de Mozart). Não acreditei quando vi os preços... tinha escolhido o segundo melhor lugar mas tudo dependia de quanto seria a brincadeira. Entretanto, por um preço mais que justo de 80 reais peguei um lugar que dava pra ver até as espinhas dos atores, valeu muito a pena!!





O Parlamento Húngaro enfeita a margem do Rio Danúbio e é um marco na arquitetura da cidade. Demorou 2 décadas para ser construído e sua riqueza interna conta com paredes e pilares de ouro! Uma curiosidade é que: até onde os braços alcançam é somente pintura em ouro, acima disso, evitando que o ouro fosse raspado, foram usadas folhas de ouro de verdade. Essa construção foi palco em 1956 de um evento marcante na história da Hungria: em 25 de outubro, manifestantes se direcionaram ao Parlamento para protestar contra o Regine Estalinista. A polícia chocada abriu fogo contra os pacíficos manifestantes e isso deu ao evento a denominação da "Quinta-feira sangrenta".


Uma grande jóia do Parlamento é a coroa do rei Stephan, o único objeto que ao ser fotografado deve ter o flash retirado. Fiz um passeio pela pate interna do prédio atráves das visitas diárias guiadas, infelizmente não se vê nem um terço de tudo pois como sempre nesses "tours" programados os guias parecem robôs que falam, falam, nao deixam tempo pra foto e muito menos curtir o lugar. O problema é que não se entra lá de outra forma e não se circula livremente pelos cômodos, a não ser que você seja um parlamentar húngaro, então o jeito é aproveitar o que dá.
  













A última parada do dia é a Praça dos Heróis, uma praça gigantesca com uma coluna central ostentando o anjo Gabriel com um enorme Panteão atrás em formato de arco semi-circular. Rica em detalhes, a base da coluna contém estátuas de 7 chefes de tribos húngaras que conquistaram a Bacia da Carpátia e o arco tem 14 estátuas de personalidades importantes na história da Hungria. Uma obra simplesmente espetacular que pede momentos intensos de contemplação  muitas fotos! 
Após a segunda Guerra uma lápide de um soldado desconhecido foi colocada na frente da coluna e representa todos os soldados húngaos que se foram nas guerras, com a seguinte legenda: Pela memória dos nossos heróis (Infelizmente no dia da visita fazia muito frio e tinha muita neblina, por isso as fotos não ficaram boas, mas ainda sim podemos ter idéia da beleza do lugar).

Além do momumento, a praça é circundada por outras atrações: o museu de Belas Artes, o Palácio das Artes e as famosas termas, para os curiosos e interessados no antigo e famoso banho húngaro.






Para chegar na paraça o ideal é ir de metrô! O metrô da Hungria é o mais antigo da Europa, com destaque para a estação que leva o nome da praça: Estação Vorosmarty.





Para os casais e grupos de amigos, um bom passeio é a Ráday Street, cheia de bares e restaurantes (alguns atendem do lado de fora mesmo com o frio). A Rua não fica bem no Centro da cidade mas chega-se rápido de bonde, taxi ou na famosa caminhada também.


Pontos importantes mas que eu não visitei: Sinagoga Dohany (não abre aos sábados por isso agende sua visita pra outro dia), Castelo de Vajdahunya (não tive tempo) e mini Cruzeiro pelo Danúbio de noite (o tempo estava muito nublado e não valia a pena fazermos). 

Fico por aqui mas já adianto que semana que vem tem mais de Budapeste :o)



*****Como esse post demorou já tenho very good news!!!! AMEI tanto a Hungria que volto lá em Setembro, dessa vez muito bem acompanhada com meu amor e esperando um céu azul que com certeza vai me fazer sentir a própria Rainha da Hungria Elizabeth (ou para os "íntimos" como eu: SISSI - Ver post )
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